quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Marco Maynar: «Bruno Neves podia estar vivo»

MÉDICO DA LA-MSS DIZ QUE ASSISTÊNCIA MÉDICA TARDOU



Marco Maynar, responsável clínico da LA-MSS, lançou duras críticas à equipa médica da Clássica de Amarante, prova onde Bruno Neves faleceu, ciclista que, segundo o responsável, "ainda poderia estar vivo" se assistência tivesse sido mais célere.

"Se a assistência médica da corrida tivesse actuado correctamente, o corredor poderia ainda estar vivo, pois com uma boa reanimação cardiorespiratória o corredor poderia ter chegado com vida ao hospital, isto é inquestionável", refere o médico da equipa em comunicado enviado à Agência Lusa.

O relatório final da autópsia realizada ao malogrado ciclista indicou que a morte de Bruno Neves ficou a dever-se a uma insuficiência respiratória aguda, seguida de arritmia cardíaca.

Uma semana depois da morte de Bruno Nevez, ocorrida a 11 de Maio durante a Clássica de Amarante, a Policia Judiciária realizou várias buscas em residências de vários elementos e nas instalações da equipa comandada por Manuel Zeferino, apreendendo nesta operação sangue congelado, material para transfusões e vários medicamentos suspeitos. No entanto, a autópsia ao corpo de Bruno Neves não liga a morte do ciclista à utilização de qualquer substância dopante.

"Chegar mais de dez minutos depois ao local do acidente (...) indica que a assistência médica não foi boa e que se deixou a reanimação cardiorespiratória nas mãos de um mecânico da equipa, que logicamente fez o que pôde, mas sem os conhecimentos adequados", salienta Marco Maynar.

O médico da LA-MSS recorda, no mesmo comunicado, que a corrida era organizada pela Federação Portuguesa de Ciclismo, organismo a quem cabia, por esse motivo, contratar "uma boa assistência médica" e a responsabilidade "por tudo o que se passa na corrida".

Nenhum comentário: